Esta é uma breve contribuição, pois após 4 anos e tal de férias na Caixa Geral de Depósitos, no dia 1 vou voltar à banca privada….e não sei se ainda sei trabalhar por isso ando em preparação psicológica para ver se não se nota muito que estive estes anos na CGD!!!!!
Espero poder voltar com algo mais para contar…caso não fique esgotado por começar a trabalhar novamente!!!!
PS - Confesso que ainda me ando a adaptar a esta coisa do Choque Tecnológico…
Tuesday 30 January 2007
Corpo versus Alma
Janeiro sempre foi um mês complicado para mim. È o meu mês da obrigação. Obrigo-me a deixar de fazer, o que a minha consciência me dita, com vista a atenuar os meus inúmeros pecados. Na minha vida, esta luta sempre foi desigual, pois corpo versus alma nunca tive a paciência necessária para sofrer na terra o que hei-de ganhar no céu. Mas enfim, decidido em dar mais atenção aos meus estados de alma, entrei em 2007 com este espírito de abnegação.
Abdiquei de ir passar o fim de ano com a irmandade do copo na mão e pela primeira vez na vida, lembro-me (vagamente admito….que estas coisas da alma não se ganham assim de um momento para o outro) dessa noite de reveillon. Foi uma sensação estranha, pois desde sempre a minha memoria enevoava-se a partir das 16h do dia 31 de Dezembro e assim continuava pelos primeiros dias do novo ano. Desta vez foi diferente. Até tive coragem para no dia seguinte ir visitar a famosa igreja de Santa Sofia (Hagia Sophia). De repente pensei: è dia 1 (pois…. porque deste marcante primeiro dia do ano, a única claridade que sempre me lembrei, foi a que das lâmpadas emana…), estou em Istambul e vou visitar uma Igreja. De repente uma súbita sensação de alívio percorreu-me o corpo. Estou perdoado, pensei……perante tal acto de abnegação…..qualquer pecado cometido ao longo dos meus 36 anos de existência, deixava de pesar, no dia de prestar contas ao criador.
Foi com esta sensação de alma pura que cheguei a Portugal e encarei os novos desafios do ano. Fui trabalhar (isso sim….com o peso do costume, pois o corpo quer lá saber da pureza da alma na hora em que toca o despertador) e deparei-me com a novidade que me queriam promover. Promover?!!! Chiça que o criador estava a ser muito benevolente….., até porque da igreja Turca só conheci mesmo a parte de fora….. mas enfim assim seja…..
E a coisa estava a correr tão bem que consciente do peso dos meus pecados, mandava a prudência desconfiar deste estado de graça.
Começou então, a dissipar-se este ambiente favorável (palpita-me que após uns guronzans o criador recuperou a lucidez, passadas as festividades celestes) e eis que me colocam na mão uma guia de marcha para Santa-Margarida. Santa-Margarida???? Ui credo!!! Valha-me Deus!!!! (Leia-se que para um militar as palavras Santa-Margarida têm o mesmo significado que para um crente a palavra Belzebu).
Mas e então promovem-me e recompensam-me com um passaporte para o inferno?!!!? …Mau…Mau….
Mas após o choque inicial da noticia, lá fui então, de peito aberto ás balas passar uma semana ao Spa de Santa-Margarida. E meus amigos !!!! do resto nem vos conto….só para terem uma ideia com o frio que estava, cada vez que queria fumar um cigarro, tinha que alguma alma caridosa mo por na boquinha, pois as mãos, alem de perderem a normal coloração avermelhada e passarem a roxo do desportivo de Chaves, deixaram de ter qualquer utilidade para o efeito.
Enfim, concluí então, que ainda deveria estar em défice de contabilidade, na balança divina, rumo á salvação da minha alma.
E na eterna batalha corpo versus alma terei mesmo que me resignar e assumir: Já pequei demasiadas vezes na terra, para atingir a purificação da alma que me leve ao reino dos ceus……
Abdiquei de ir passar o fim de ano com a irmandade do copo na mão e pela primeira vez na vida, lembro-me (vagamente admito….que estas coisas da alma não se ganham assim de um momento para o outro) dessa noite de reveillon. Foi uma sensação estranha, pois desde sempre a minha memoria enevoava-se a partir das 16h do dia 31 de Dezembro e assim continuava pelos primeiros dias do novo ano. Desta vez foi diferente. Até tive coragem para no dia seguinte ir visitar a famosa igreja de Santa Sofia (Hagia Sophia). De repente pensei: è dia 1 (pois…. porque deste marcante primeiro dia do ano, a única claridade que sempre me lembrei, foi a que das lâmpadas emana…), estou em Istambul e vou visitar uma Igreja. De repente uma súbita sensação de alívio percorreu-me o corpo. Estou perdoado, pensei……perante tal acto de abnegação…..qualquer pecado cometido ao longo dos meus 36 anos de existência, deixava de pesar, no dia de prestar contas ao criador.
Foi com esta sensação de alma pura que cheguei a Portugal e encarei os novos desafios do ano. Fui trabalhar (isso sim….com o peso do costume, pois o corpo quer lá saber da pureza da alma na hora em que toca o despertador) e deparei-me com a novidade que me queriam promover. Promover?!!! Chiça que o criador estava a ser muito benevolente….., até porque da igreja Turca só conheci mesmo a parte de fora….. mas enfim assim seja…..
E a coisa estava a correr tão bem que consciente do peso dos meus pecados, mandava a prudência desconfiar deste estado de graça.
Começou então, a dissipar-se este ambiente favorável (palpita-me que após uns guronzans o criador recuperou a lucidez, passadas as festividades celestes) e eis que me colocam na mão uma guia de marcha para Santa-Margarida. Santa-Margarida???? Ui credo!!! Valha-me Deus!!!! (Leia-se que para um militar as palavras Santa-Margarida têm o mesmo significado que para um crente a palavra Belzebu).
Mas e então promovem-me e recompensam-me com um passaporte para o inferno?!!!? …Mau…Mau….
Mas após o choque inicial da noticia, lá fui então, de peito aberto ás balas passar uma semana ao Spa de Santa-Margarida. E meus amigos !!!! do resto nem vos conto….só para terem uma ideia com o frio que estava, cada vez que queria fumar um cigarro, tinha que alguma alma caridosa mo por na boquinha, pois as mãos, alem de perderem a normal coloração avermelhada e passarem a roxo do desportivo de Chaves, deixaram de ter qualquer utilidade para o efeito.
Enfim, concluí então, que ainda deveria estar em défice de contabilidade, na balança divina, rumo á salvação da minha alma.
E na eterna batalha corpo versus alma terei mesmo que me resignar e assumir: Já pequei demasiadas vezes na terra, para atingir a purificação da alma que me leve ao reino dos ceus……
Monday 29 January 2007
Paris - parte II (a saga continua)
Paris não deixa de me surpreender! Seja pelas seus monumentos excepcionais, pelas suas avenidas largas e imponentes, pela sua cultura única e pelo bom aproveitamento turistico que fazem dela, seja pelos TAXISTAS, vulgo FOGAREIROS que a servem!!!
Toda a gente sabe que Paris e os seus arredores são imensos, e ninguém no bom uso da sua sanidade mental ousaria dizer que conhece todas as direcções e estradas de cor, sem recurso a mapas ou GPS. Porra, não é o mesmo que conhecer bem o centro de Vilela Seca e seus arredores até ao polo de logística, digo eu... e mesmo aí, com as alterações que se avizinham, já nem todos se conseguem orientar facilmente...
Se já no dia que cheguei as coisas se tornaram complicadas para chegar a bom porto (quero dizer, ao tal hotel no meio de nenhures...pois demorei ainda mais de meia hora a tentar chegar ao dito, com paragens em vários sitios para o taxista perguntar direcções...) esta situação agudizou-se na 5ªf passada, quando já farto de não sair do hotel, decidi ir a Paris jantar e passar um bocado da noite.
Toda a gente sabe que Paris e os seus arredores são imensos, e ninguém no bom uso da sua sanidade mental ousaria dizer que conhece todas as direcções e estradas de cor, sem recurso a mapas ou GPS. Porra, não é o mesmo que conhecer bem o centro de Vilela Seca e seus arredores até ao polo de logística, digo eu... e mesmo aí, com as alterações que se avizinham, já nem todos se conseguem orientar facilmente...
Se já no dia que cheguei as coisas se tornaram complicadas para chegar a bom porto (quero dizer, ao tal hotel no meio de nenhures...pois demorei ainda mais de meia hora a tentar chegar ao dito, com paragens em vários sitios para o taxista perguntar direcções...) esta situação agudizou-se na 5ªf passada, quando já farto de não sair do hotel, decidi ir a Paris jantar e passar um bocado da noite.
Seria mais ou menos 1 da matina, quando já cansado de passear junto às margens do sena, decidi voltar à Amadora lá do sitio, para repousar no meu distinto hotel. Tudo parecia normal, apanhei um taxi e lá disse: "Para o Novotel de St Quentin. se faz favor!"... logo ali deveria ter previsto problemas, quando a resposta foi... "O Sr. conhece o caminho para o hotel?... não, respondi... Ok, pas de probleme, chegamos à dita terra e facilmente lá iremos ter", disse ele... uhmmm, depois do que já tinha passado no dia da chegada, fique ligeiramente preocupado, mas a confiança e desenvoltura com que o dito taxista me respondeu parecia revelar que nada de anormal iria acontecer (pensava eu...).
Pois basicamente o que aconteceu, foi que uma hora e meia depois encontrava-me perdido no meio do campo, onde nem as vacas pastavam (tb às 2.30 da manha, seria dificil) e onde nem viv’álma aparecia na rua para nos poder indicar um caminho (tal o afastados que estávamos de qualquer centro populacional)…como é óbvio, passamos por vários sitios antes, onde se o Sr. Fogareiro poderia ter parado para perguntar, mas como um francês sabe sempre tudo e não precisa de ninguém (nem mesmo da própria sombra) foi sempre dizendo que estávamos perto…mas perto do quê camandro???…se tu não fazes puto ideia de onde fica o Hotel!!!!! A cada frase de “não se inquiete pas, porque já estamos a chegar” era mais um km adensado no meio da pradaria…”Se bem se recorda”, dizia-lhe eu… “o tal hotel fica perto do technocentre da Renault, uma zona industrial, com prédios e coisas parecidas…como o Sr. bem pode ver, estamos precisamente numa zona totalmente oposta, de verdes campos e quintas praseirentas… não lhe parece, que porventura, só porventura (não fosse eu ferir as suas francesas susceptibilidades) estamos um pouco perdidos!?! “non, non…estamos perto…ainda agora vi ali um sinal a indicar o caminho”… os tomates, é que deves ter visto..a não ser alguma placa a dizer fim do mundo ao virar da esquina…
Enfim…o que vale é que os Deuses devem estar comigo pois, no meio de nenhures, lá apareceu um velho renault 5 com 2 amigos (sim passaram a ser grandes amigos) do mágrebe (pois se fossem franceses não tinham parado sequer) que de tão longe que estávamos do tal hotel (impagável a cara dos ditos quando o Sr. Fogareiro perguntou: “O Novotel de St Quentin fica por estes lados, verdade?” ..Quoi Monsieur?!?, “uh la la (pois…tinha que vir…) isso fica precisamente para o lado inverso de onde vêem…) simpaticamente se ofereceram para nos guiar de regresso ao bom caminho…
2 horas volvidas, 80 € pagos (já com desconto pela "pequena enganadela no caminho" e mais 10 € que o taxista deu aos Magrebis para irem beber uma cerveja) cheguei aos meus aposentos (que desta feita tinham luz...também só me faltava, né?!?) uma vez mais enebriado pelos franceses e a sua supremacia intelectual....
Pois basicamente o que aconteceu, foi que uma hora e meia depois encontrava-me perdido no meio do campo, onde nem as vacas pastavam (tb às 2.30 da manha, seria dificil) e onde nem viv’álma aparecia na rua para nos poder indicar um caminho (tal o afastados que estávamos de qualquer centro populacional)…como é óbvio, passamos por vários sitios antes, onde se o Sr. Fogareiro poderia ter parado para perguntar, mas como um francês sabe sempre tudo e não precisa de ninguém (nem mesmo da própria sombra) foi sempre dizendo que estávamos perto…mas perto do quê camandro???…se tu não fazes puto ideia de onde fica o Hotel!!!!! A cada frase de “não se inquiete pas, porque já estamos a chegar” era mais um km adensado no meio da pradaria…”Se bem se recorda”, dizia-lhe eu… “o tal hotel fica perto do technocentre da Renault, uma zona industrial, com prédios e coisas parecidas…como o Sr. bem pode ver, estamos precisamente numa zona totalmente oposta, de verdes campos e quintas praseirentas… não lhe parece, que porventura, só porventura (não fosse eu ferir as suas francesas susceptibilidades) estamos um pouco perdidos!?! “non, non…estamos perto…ainda agora vi ali um sinal a indicar o caminho”… os tomates, é que deves ter visto..a não ser alguma placa a dizer fim do mundo ao virar da esquina…
Enfim…o que vale é que os Deuses devem estar comigo pois, no meio de nenhures, lá apareceu um velho renault 5 com 2 amigos (sim passaram a ser grandes amigos) do mágrebe (pois se fossem franceses não tinham parado sequer) que de tão longe que estávamos do tal hotel (impagável a cara dos ditos quando o Sr. Fogareiro perguntou: “O Novotel de St Quentin fica por estes lados, verdade?” ..Quoi Monsieur?!?, “uh la la (pois…tinha que vir…) isso fica precisamente para o lado inverso de onde vêem…) simpaticamente se ofereceram para nos guiar de regresso ao bom caminho…
2 horas volvidas, 80 € pagos (já com desconto pela "pequena enganadela no caminho" e mais 10 € que o taxista deu aos Magrebis para irem beber uma cerveja) cheguei aos meus aposentos (que desta feita tinham luz...também só me faltava, né?!?) uma vez mais enebriado pelos franceses e a sua supremacia intelectual....
França é linda, Paris um dos seus corolários...mas se tirassem do país os franceses, seria certamemte um sitio bem melhor..., mas é que bem melhor...xiça!!!
PS 1 - Em nota final, dizer que o 1º taxista que me levou para o hotel desde o aeroporto era Português...daí que pela arte do desenrasca lá chegamos ao hotel sem 1/10 dos precalços... não é assim tão dificil..basta admitir que não se sabe...
PS 2 - Bosta de hotel, que ninguém conhecia / sabia ir lá ter... foram 2 as vezes que eu lá fiquei... a 1ª e a última...certinho!!!! ;)
Wednesday 24 January 2007
Estou em Paris... e então?
Pois é...estou em paris. Vim no domingo (sózinho) para a famosa terra dos "uh lá lá", "baguette", "bonjour" e todo o tipo de fonética parecida com um musical interpretado por "grandessissimos homosexuais tipo bixonas saltitantes"...apre, xiça que não há espirito que aguente um dia inteiro a ouvir estes "castelo brancos" a falar...
De todos os modos, dizer que estou em paris, é o mesmo que ir à Amadora e dizer que estou em Lisboa, tal os arredores a que fui acometido...NÃO HÁ NADA À VOLTA DESTE SITIO!!!
Isto é mais parecido com o fim do mundo, que com a dita cidade da luz..(só para terem uma ideia, o centro de Paris dista deste hotel quase tanto como ir de Chaves a Vila Real)...
Por falar em cidade da luz...já não bastava vir para aqui sózinho, ficar nos arredores longe para cacete..ficar num hotel que é ele próprio uma ilha onde não há nada á volta...venho eu para a dita cuja cidade da luz (já vão perceber porque volto a falar nisto da luz)... para chegar ontem ao meu quarto, depois de um dia inteiro a aturar os francius na Renault, acender as luzes do meu quarto, e... e... e... pois...e nada... "rien de lumiere".
Reclamo junto do recepcionista, que com o seu olhar altivo (como bom francês) olha para mim como seu eu fosse um atrasado mental, e me pergunta se eu tinha a certeza que as luzes não funcionavam...obviamente estabelecemos logo ali uma AMIZADE duradoura... enfim...
Primeiro veio o suposto técnico de serviço ver o que se passava...subiu e desceu várias vezes da recepção pró meu quarto e nada...
Perguntava eu: Atáo Monsieur? já posso ir para a minha chambre ou quê??
Respondia o dito: "uh lá lá"..não percebo rien do que se passa... vou ter que chamar o tecnician especialista...
Passado meia hora continuava eu a perguntar...Ó monsieur? Como é? Estou p'aqui sentado na reception há beacoup de temps e ninguém resolve o problema?
"uh lá lá"...está a coisa dificile ...mas o tecnician já está a arriver!
Efectivamente, passado uma hora de estar ali especado, quase à porrada com o meu novo amigo da recepção...(que de tantos nomes lhe chamar em português lá me foi pagando umas bebidas no bar à conta do hotel - a única coisa positiva no meio disto tudo)..lá chegou o famoso tecnician..simpático, espedito..lá resolveu a coisa em mais meia hora de espera..."uh lá lá" disso o dito cujo...que caso trés complique...foi o sistema de som que fez curto circuito e mandou tudo a baixo...mas, pás de probleme porque está tudo resolvido...
Bien disse eu, do mal o moin..já me posso ir deitar...
Assim foi...mas esperem q'isto n acaba ici...
Lá dormi descansado, é um facto, até que o despertador me martelou a cabeça às 7.30 da matin (6.30 em portugal não se esqueçam). Após conseguir mandar uma martelada no dito para que se calasse, lá me preparava eu para mais um dia de reuniões com os francius (já isso seria bastante para me deixar perturbado) quando toco gentilmente no interruptor para acender as luzes e... e... nada outra vez.."PUTE MERDE" pensei eu..isto não me está a acontecer. Ainda por cima de manhã, quando à boa maneira portuguesa acordamos já depois da hora numa de tentar ser mais rápido que o próprio tempo para chegar às horas marcadas...
Liguei para a reception, a relatar o sucedido. Desta vez foi uma senhora do outro lado que fez uma longa pausa após ter re-perguntado: "Qua..voce não tem lumiere na sua chambre??"... Entre os meus impropérios, deve ter percebido que já na noite anterior tal me tinha acontecido..e decidiu chamar o tecnician especialista... Bom..pensei eu..já estou atrasado, se ainda vou esperar pelo dito para me arranjar, o melhor é já não ir...assim decidi ser mais radical e tomar uma bela banhoca às escuras...alguma vez experimentaram?? não?? Não vou tecer comentários à experiência.
Enfim...o resto pouco mais interessa (eles lá vieram arranjar a luz, outra vez...) a não ser que, apressado e já bem atrasado para apanhar uma navette (entretanto requisitada na reception)para ir para o technocentre renault (lugar das minhas reuniões)...a dita nunca mais vinha...que belo cenário...eu lá fora, um frio de raxar, tudo branco devido ao nevão matinal..e a navette q nunca mais vinha..até que no limiar da minha paciência lá chegou o Sr. condutor da dita..ao qual perguntei...atão monsieur? não era para cá estar há beacoup de temps?...imaginem o que ele me respondeu?...exactamente..."uh lá lá..."
De todos os modos, dizer que estou em paris, é o mesmo que ir à Amadora e dizer que estou em Lisboa, tal os arredores a que fui acometido...NÃO HÁ NADA À VOLTA DESTE SITIO!!!Isto é mais parecido com o fim do mundo, que com a dita cidade da luz..(só para terem uma ideia, o centro de Paris dista deste hotel quase tanto como ir de Chaves a Vila Real)...
Por falar em cidade da luz...já não bastava vir para aqui sózinho, ficar nos arredores longe para cacete..ficar num hotel que é ele próprio uma ilha onde não há nada á volta...venho eu para a dita cuja cidade da luz (já vão perceber porque volto a falar nisto da luz)... para chegar ontem ao meu quarto, depois de um dia inteiro a aturar os francius na Renault, acender as luzes do meu quarto, e... e... e... pois...e nada... "rien de lumiere".
Reclamo junto do recepcionista, que com o seu olhar altivo (como bom francês) olha para mim como seu eu fosse um atrasado mental, e me pergunta se eu tinha a certeza que as luzes não funcionavam...obviamente estabelecemos logo ali uma AMIZADE duradoura... enfim...
Primeiro veio o suposto técnico de serviço ver o que se passava...subiu e desceu várias vezes da recepção pró meu quarto e nada...
Perguntava eu: Atáo Monsieur? já posso ir para a minha chambre ou quê??
Respondia o dito: "uh lá lá"..não percebo rien do que se passa... vou ter que chamar o tecnician especialista...
Passado meia hora continuava eu a perguntar...Ó monsieur? Como é? Estou p'aqui sentado na reception há beacoup de temps e ninguém resolve o problema?
"uh lá lá"...está a coisa dificile ...mas o tecnician já está a arriver!
Efectivamente, passado uma hora de estar ali especado, quase à porrada com o meu novo amigo da recepção...(que de tantos nomes lhe chamar em português lá me foi pagando umas bebidas no bar à conta do hotel - a única coisa positiva no meio disto tudo)..lá chegou o famoso tecnician..simpático, espedito..lá resolveu a coisa em mais meia hora de espera..."uh lá lá" disso o dito cujo...que caso trés complique...foi o sistema de som que fez curto circuito e mandou tudo a baixo...mas, pás de probleme porque está tudo resolvido...
Bien disse eu, do mal o moin..já me posso ir deitar...
Assim foi...mas esperem q'isto n acaba ici...
Lá dormi descansado, é um facto, até que o despertador me martelou a cabeça às 7.30 da matin (6.30 em portugal não se esqueçam). Após conseguir mandar uma martelada no dito para que se calasse, lá me preparava eu para mais um dia de reuniões com os francius (já isso seria bastante para me deixar perturbado) quando toco gentilmente no interruptor para acender as luzes e... e... nada outra vez.."PUTE MERDE" pensei eu..isto não me está a acontecer. Ainda por cima de manhã, quando à boa maneira portuguesa acordamos já depois da hora numa de tentar ser mais rápido que o próprio tempo para chegar às horas marcadas...
Liguei para a reception, a relatar o sucedido. Desta vez foi uma senhora do outro lado que fez uma longa pausa após ter re-perguntado: "Qua..voce não tem lumiere na sua chambre??"... Entre os meus impropérios, deve ter percebido que já na noite anterior tal me tinha acontecido..e decidiu chamar o tecnician especialista... Bom..pensei eu..já estou atrasado, se ainda vou esperar pelo dito para me arranjar, o melhor é já não ir...assim decidi ser mais radical e tomar uma bela banhoca às escuras...alguma vez experimentaram?? não?? Não vou tecer comentários à experiência.
Enfim...o resto pouco mais interessa (eles lá vieram arranjar a luz, outra vez...) a não ser que, apressado e já bem atrasado para apanhar uma navette (entretanto requisitada na reception)para ir para o technocentre renault (lugar das minhas reuniões)...a dita nunca mais vinha...que belo cenário...eu lá fora, um frio de raxar, tudo branco devido ao nevão matinal..e a navette q nunca mais vinha..até que no limiar da minha paciência lá chegou o Sr. condutor da dita..ao qual perguntei...atão monsieur? não era para cá estar há beacoup de temps?...imaginem o que ele me respondeu?...exactamente..."uh lá lá..."
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